O Piloto – Assad Jr. | Material de Imprensa – saiba mais
“Voar livre como os pássaros é um sonho milenar. Isso se tornou possível graças a um engenheiro da NASA chamado Francis Rogallo que desenvolveu as primeiras aeronaves em formato de Delta. Em Julho de 1974 Stephan Segonzac, um francês, subiu ao alto do Corcovado e saltou numa Asa Delta semelhante às que Rogallo criou. Entre os espectadores havia um jovem de São Paulo, Assad Júnior, o mesmo que está lhe contando essa história. Estava lá por acaso e quis o destino que ele fosse testemunho daquele vôo espetacular. Naquele mesmo ano, um brasileiro, Luiz Cláudio Mattos, escalou a Pedra da Agulhinha e se lançou em direção à Praia do Pepino. Foram os primeiros a voar de Asa Delta em terras brasileiras.
A partir deles o Vôo Livre começava a crescer e a ganhar novos adeptos. Em 1981 Assad Júnior mudou-se para o Rio de Janeiro para aprender a voar. Em 1983 Assad Júnior se tornaria um dos primeiros esportistas a fazer Vôo Duplo de Asa Delta profissionalmente e a ganhar notoriedade. No final dos anos 80, repórteres da Lonely Planet estiveram no Brasil e voaram de Asa Delta. O piloto escolhido foi Assad Júnior. ”
Lonely Planet
Brazil: travel survival kit. Reportagem extraída da Segunda Edição Agosto 1992
Tradução Ricardo Silveira. Publicação Lonely Planet.
… você pode fazer um fantástico vôo de Asa Delta da Pedra Bonita até a Praia do Pepino em são Conrado. A Pedra Bonita é um dos muitos cumes rochosos que compõem a paisagem do Rio de Janeiro… dizem que os ventos são seguros por aqui e os pilotos sabem o que fazem. Quem voa com eles vai dentro de um tipo de saco que fica preso à Asa Delta…
Nosso piloto Assad Junior nos pegou em seu Volkswagen velho e equipado com um reck para carregar a Asa Delta na capota. A subida até a rampa de decolagem foi impressionante. As curvas da estrada vão cortando a luxuriante Floresta da Tijuca. O porteiro nos deu passagem pra cruzarmos o terreno particular onde fica a rampa de decolagem, e o motor do carro roncou brabo pra conseguir nos levar ao topo de uma ladeira muito mais íngreme do que a estrada tinha sido até então.
Quando chegamos lá em cima, Assad começou a montagem: esticou cabos, colocou travas e prendeu talas com tiras elásticas. De perto, a asa parecia frágil. Vestimos os apetrechos para o vôo e ensaiamos a decolagem algumas vezes perto da rampa, literalmente uma corrida de cinco metros em cima de um tabuado de madeira descendo a uma inclinação de 5 graus. Estávamos a 550 metros acima do nível do mar e a poucos quilômetros de distância da praia…
Colocamos a asa no alto da rampa, prendemos todas as presilhas que tínhamos de prender e, pendurados lado a lado, verificamos o equilíbrio da peça montada com tudo a que tinha direito. Assad afivelou o cinto, ajustou as tiras de velcro das pernas e do capacete, e me passou umas instruções: segurar uma alça, não colocar as mãos em nada, resistir à tentação de segurar a barra… e quando ele contasse “um, dois, três, já!… Era pra correr. Ele verificou as birutas nos dois lados da rampa, a superfície do mar e a ondulação da folhagem para se certificar da direção e intensidade do vento. Queria uma brisa soprando do mar para a montanha.
“Um, dois, três, já!”
Quatro passadas rápidas e estávamos voando. Não é aquela sensação de queda livre que se tem num elevador, mas sim uma calmaria total. Fechei os olhos e tive a sensação de estar parado a única coisa em movimento era uma brisa mansa soprando no meu rosto. Parecia um milagre: eu estava suspenso entre o céu e a terra.
À nossa esquerda: Rocinha a mais famosa favela da Zona Sul!
À direita: Pedra Bonita.
Abaixo: fabulosas mansões de cariocas ricos e famosos.
Sobrevoamos os edifícios e a Praia do Pepino durante um tempo, descrevemos alguns círculos bem lentamente por cima das águas do mar e, antes que eu me desse conta, chegou a hora de descer.
No pouso, ficamos bem em pé mesmo: Assad empinou a asa e ela parou, de forma que nós encostamos-nos à areia da praia com a leveza de uma pluma. Só depois de terminado o vôo foi que ele disse: recursos são o que não falta!
Em situação de emergência, como uma mudança repentina do vento, o piloto consegue voar até a praia em menos de três minutos. Embora nunca o tenha usado, Assad carrega um pára-quedas capaz de agüentar o peso de duas pessoas e mais o da própria asa, que é projetada para cair antes de forma a amortecer o impacto. Para tirar fotos do seu vôo, Assad monta na ponta da asa uma câmera com flash, lente grande-angular, avanço automático e um disparador com fio comprido. Quem resolver tirar suas próprias fotos deverá se lembrar que pouso e decolagem vão ficar de fora, pois o passageiro não pode se ocupar do equipamento nessas ocasiões.
Os vôos costumam ser muito suaves, portanto há estabilidade para tirar boas fotos. As próprias asas dão fotos maravilhosas, especialmente quando tiradas de cima. Não é necessária nenhuma experiência prévia nem treinamento especial: qualquer pessoa entre 7 e 70 anos pode ir. A cautela para os vôos se baseia nas condições atmosféricas. Assad Júnior acha que só não dá pra voar durante três ou quatro dias do mês, e as condições no inverno são ainda melhores. Para uma experiência que você não vai esquecer pelo resto da vida, não é tão caro assim, para usufruir de 10 a 25 minutos de prazer extremo!… Assad é um excelente piloto…
Assad Junior – Piloto Instrutor desde 1981.
ID 23*15794 – assadjunior@gmail.com
www.hanglidingtour.com.br
http://asadeltario.blogspot.com/ (Veja as fotos no blog)
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Bons vôos e bem vindo aos céus do Rio.